Segundo
o Fundo de População da ONU, a população do mundo alcançou 7 bilhões de
habitantes. Em cada canto novos paradigmas se erguem refletindo uma profunda
consciência dos povos, por outros modelos de democracia. O mundo assiste uma das
mais interessantes revoluções no momento em que o mundo passa por um processo
de avanços sociais, econômicos e políticos, o mundo árabe busca abandonar o
tradicionalismo das ditaduras, no campo político e religioso, buscando a
garantia dos direitos humanos.
A Primavera Árabe - manifestações realizadas
com objetivo de questionar os regimes autoritários e ditatoriais, ocorrem em
diversos países do Oriente Médio, Tunísia, Egito, Síria, Iêmen, Marrocos e
Argélia, intensificam a mobilização na luta por valores democráticos,
essenciais à dignidade humana, onde a população vem sofrendo desde muitas
décadas, violência, falta de liberdade eleitoral, sem direito a voto e direitos
essenciais. Vidas foram e são asfixiadas
e ceifadas pelas ditaduras que aprisionam, com forte repressão aos protestos, impondo
medidas de rigor à população, para reduzir o déficit público, em função da
crise financeira de dívidas superior à capacidade de pagamento em curto e médio
prazo, aumentando assim as restrições aos seus direitos fundamentais.
Vivemos no Brasil também momentos repressivos,
uma ditadura, chamada "era do
chumbo", supressão de direitos constitucionais, censura e repressão
política; pessoas foram presas, torturadas e mortas e em 1985, surge a
redemocratização, quando o regime militar é derrubado por grande mobilização do
povo.
No Brasil, o período democrático
recentemente completou 21 anos e cada vez mais avança o debate na promoção e
defesa dos Direitos Humanos. Mas ainda convivemos com situações vexatórias e perversas
de um sistema corrupto, que está imbricado nas veias do legislativo, executivo
e judiciário, trazendo um desgaste e retrocesso às políticas públicas de saúde,
educação, assistência social, cultura, ética, valores, comprometendo a
dignidade e moralidade dos princípios constitucionais, consequentemente,
violando direitos sociais de brasileiros e brasileiras.
Direitos sociais que foram esmagados pela
legitimização em torno da financeirização, numa lucrativa acumulação de
capital. Modelo que exigiu novas formas institucionais nas relações de produção
a partir de maior flexibilização do modo de acumulação capitalista, tudo em
nome do desenvolvimento e harmonia social. Em consequência nossa sociedade vem apresentando
altos contingentes de desemprego, subemprego, pobreza, miséria, violência, meio
ambiente degradado, pouco investimento em políticas públicas educacionais e
sociais, constatado por uma proteção social fragilizada.
Ainda
nesta sequência, sofremos a falta de compromisso no atendimento público, a
pouca flexibilização na relação de trabalho e o estímulo a privatização em
serviços necessários ao setor público.
Precisamos de um Estado forte, não
subordinado a uma matriz conservadora, patrimonialista, que emoldura uma
realidade imposta pelo neoliberalismo globalizante, mas que se paute numa
lógica humanista, responsável pelo desenvolvimento nacional com a garantia
efetiva dos cidadãos. Mas, mudanças já se apontam e queremos construir uma
sociedade livre, justa e solidária, numa perspectiva de garantir o
desenvolvimento nacional, erradicando a pobreza e a marginalização, reduzindo
as desigualdades sociais e regionais, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
E neste momento vivemos uma "revolução cognitiva",
um momento histórico na política
brasileira, a construção do Novo
Partido, que tem na pessoa da Marina Silva a maior liderança. A política
renasce a cada novo chamado, por novos
costumes políticos, por novos saberes, novos olhares, novos métodos, novos
espaços de debates e produções.
A
expectativa é grande para as pessoas que pensam e querem ser protagonistas
deste fabuloso momento. Mulheres, homens, Juventude, a Intelectualidade,
lideranças populares e grupos desacreditados com a velha forma de fazer
política.
Gosto muito quando Marina diz que somos uma
"Comunidade de Pensamento"; e somos, porque é chegado o momento da
sincronia de pensamentos se apresentar, através dos projetos identificatórios
com ideais mais coletivos, em detrimento aos pessoais e das relações sociais se
pautarem numa lógica de propósitos humanísticos.
Avante,
a política é construída pelos humanos....e não descuidemos dos valores
civilizatórios.
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