Parabéns brasileiras e brasileiros!
O clamor de brasileiras e
brasileiros nas ruas, enquanto movimento coletivo, é uma representação da
diversidade na unidade, no campo dos direitos constitucionais. Uma convulsão
social impressionante, linda, que agrega diversas pessoas, protagonistas, que
levantam suas bandeiras, seus cartazes, suas vozes e clamam por um novo modelo
de democracia e de desenvolvimento humano, com eixo em novos paradigmas
éticos-políticos.
Desconstruir o projeto histórico de
institucionalidade burguesa, que explora a força de trabalho do povo, há
séculos, é inadiável. Projeto que vem impactando a população com o comando de
poder e representação política, marcado estruturalmente por processos velados
de alienação, sem inserir políticas públicas numa perspectiva que contemplem o
compromisso com os direitos da população, necessidades, desejos e interesses da
classe trabalhadora e do povo brasileiro. Por isso, milhares de pessoas nas
ruas pautando a indignação pela falta do compromisso dos governos, convocando a
um novo ordenamento político-institucional, de caráter transformador e
emancipatório.
A juventude está nas ruas, são ativistas
autorais, que não só refletem, mas respondem de maneira espontânea, transformadora
e libertária a esse contexto social perverso, concentrador de riquezas nas mãos
de uma elite, marcado por desrespeito a diversidade identitária das pessoas e
pelo perverso sistema de desigualdades sociais. O povo quer mudanças, não mais
para um futuro, mas, para uma agenda de curto prazo, dando voz a essencialidade
humana, educação pública de qualidade, hospitais decentes, salários justos, crianças e adolescentes com proteção integral, jovens com oportunidades, cultura, segurança e desenvolvimento do país com prioridades numa perspectiva da esfera pública.
A gestão dos governantes não priorizam as ações
públicas e não representam a população. Governos que acolhem a corrupção,
desacreditados, não contemplam uma agenda de desenvolvimento de políticas
públicas, como forma de defesa e promoção de direitos humanos. O povo não tem
acesso a justiça como forma de proteção dos direitos fundamentais e
constitucionais. O legislativo, uma vergonha, na verdade a pergunta poderia
ser: quem não é picareta? Existe sim e é a minoria; os movimento sociais e suas
expressões organizativas precisam dialogar e participar politicamente dos
processos desses espaços nas decisões da política brasileira.
A Sociedade, inevitavelmente, precisa ser
partícipe da construção de um projeto transformador, emancipatório,
contra-hegemônico (social, cultural, econômico e jurídico) para dar uma nova
cara ao nosso Brasil, sem exclusão, sem corrupção, sem homofobia, justo, com
imprescindível atendimento público aos direitos essenciais da população.
Uma nova política de direitos humanos, que
contemplem crianças/adolescentes, mulheres, afro-descendentes, indígenas,
idosos, pessoas com deficiência, segmentos lgbtt, quilombolas, ciganos,
população ribeirinha, população rural, enfim, a luta segue com clamor por
efetivos gestores que contemplem a política de direitos humanos de forma geral,
e que estanque a corrupção do dinheiro público! O povo acordou e cobra seus
direitos inalienáveis! Dinheiro público para servir ao público.
A luta segue!