sábado, 22 de junho de 2013

A voz que não pode mais calar!

Parabéns brasileiras e brasileiros!
O clamor de brasileiras e brasileiros nas ruas, enquanto movimento coletivo, é uma representação da diversidade na unidade, no campo dos direitos constitucionais. Uma convulsão social impressionante, linda, que agrega diversas pessoas, protagonistas, que levantam suas bandeiras, seus cartazes, suas vozes e clamam por um novo modelo de democracia e de desenvolvimento humano, com eixo em novos paradigmas éticos-políticos.
Desconstruir o projeto histórico de institucionalidade burguesa, que explora a força de trabalho do povo, há séculos, é inadiável. Projeto que vem impactando a população com o comando de poder e representação política, marcado estruturalmente por processos velados de alienação, sem inserir políticas públicas numa perspectiva que contemplem o compromisso com os direitos da população, necessidades, desejos e interesses da classe trabalhadora e do povo brasileiro. Por isso, milhares de pessoas nas ruas pautando a indignação pela falta do compromisso dos governos, convocando a um novo ordenamento político-institucional, de caráter transformador e emancipatório.
A juventude está nas ruas, são ativistas autorais, que não só refletem, mas respondem de maneira espontânea, transformadora e libertária a esse contexto social perverso, concentrador de riquezas nas mãos de uma elite, marcado por desrespeito a diversidade identitária das pessoas e pelo perverso sistema de desigualdades sociais. O povo quer mudanças, não mais para um futuro, mas, para uma agenda de curto prazo, dando voz a essencialidade humana, educação pública de qualidade, hospitais decentes, salários justos, crianças e adolescentes com proteção integral, jovens com oportunidades, cultura, segurança  e desenvolvimento do país com prioridades  numa perspectiva da esfera pública.
A gestão dos governantes não priorizam as ações públicas e não representam a população. Governos que acolhem a corrupção, desacreditados, não contemplam uma agenda de desenvolvimento de políticas públicas, como forma de defesa e promoção de direitos humanos. O povo não tem acesso a justiça como forma de proteção dos direitos fundamentais e constitucionais. O legislativo, uma vergonha, na verdade a pergunta poderia ser: quem não é picareta? Existe sim e é a minoria; os movimento sociais e suas expressões organizativas precisam dialogar e participar politicamente dos processos desses espaços nas decisões da política brasileira.
A Sociedade, inevitavelmente, precisa ser partícipe da construção de um projeto transformador, emancipatório, contra-hegemônico (social, cultural, econômico e jurídico) para dar uma nova cara ao nosso Brasil, sem exclusão, sem corrupção, sem homofobia, justo, com imprescindível atendimento público aos direitos essenciais da população.
Uma nova política de direitos humanos, que contemplem crianças/adolescentes, mulheres, afro-descendentes, indígenas, idosos, pessoas com deficiência, segmentos lgbtt, quilombolas, ciganos, população ribeirinha, população rural, enfim, a luta segue com clamor por efetivos gestores que contemplem a política de direitos humanos de forma geral, e que estanque a corrupção do dinheiro público! O povo acordou e cobra seus direitos inalienáveis! Dinheiro público para servir ao público.

A luta segue!