quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Processos espontâneos e as ondas do mar, inútil Abafar...
Compreender o vai e vem, quase que assimétrico, da ternura e suavidade
que observamos nas ondas desta linda Baía de Todos os Santos, é uma experiência
renovadora. Não, não é a toa, ela realmente é de todos e todas!
Um espaço autogestionário que mesmo sendo poluído gradativamente, ainda
possibilita a convivência de seres de diferentes espécies, de maneira
harmoniosa, complementar, garantindo o espaço de cada um sem a necessidade
predatória do extermínio, da usurpação, pela simples incompreensão daquele
contexto plural e dinâmico.
Como em nossa Baía de Todos os Santos, no cenário
político existem atores que tentam, aceleradamente e sem pudores éticos e
morais, poluir um espaço que precisa ser pautado por transparência, harmonia e
compreensão. Pensar em fazer política sem a sua integração participativa
popular é, em sua medida, uma forma incompleta, ineficaz e auto-proclamatória.
Coisa que a história recente vem mostrando não prosperar, seja em sistemas de
governo em modelos democráticos, ou em modelos ainda em luta por
democratização.
O discurso auto proclamatório vem mais uma vez sendo aplicado em um
contexto totalmente deslocado da realidade. Os predadores, que na Baía lançam
como estratégias de sobrevivência a tentativa de exterminar o pequeno (a presa)
como forma de impedir que o próximo na cadeia de alimentação passe em sua
frente; começam a se articular no ambiente político com toda sua arrogância
peculiar... teimam em não querer enxergar a amplitude e dinâmica dos processos
espontâneos de convivência e construção.
A dialética proposta nos clássicos textos de formação política das
matizes de esquerda vem sendo secundarizada, dando voz ao desespero
existencial.
Sim, até pouco tempo atrás o espaço para construção política em um
organismo com o mínimo de integridade e envergadura moral era restritíssimo.
Fato que aprofundou a discussão em torno deste sistema político ultrapassado
onde os partidos, sob os desmandos de caciques, detém o monopólio da política.
É neste sentido, imperativo, uma nova forma de fazer política que
incorpore na agenda democrática as formas e instrumentos de luta política da
contemporaneidade, surge ainda que sob grande resistência das mentes
conservadoras, sejam de esquerda ou de direita, dialogando aqui com o
raciocínio ultrajado da velha forma de fazer política, enquadrando indivíduos
de maneira estanque no alinhamento ideológico, um novo horizonte partidário.
Inclusivo, ético, democrático e que luta por uma política econômica que leve em
consideração o desenvolvimento socialmente sustentável. Eu estou aqui, sonhando
e construindo uma forma não discriminatória, que respeita a diversidade e que
pratica a democracia como forma singular de transformação, uma nova política.
O mundo muda, e ainda que nas lutas ainda persista a existência do lado
hipossuficiente, desempoderado e impotente – derivado das relações de
exploração historicamente construídas - como na relação do mundo do trabalho, a
necessidade de uma nova forma de fazer política bate à porta da democracia
brasileira.
Contra este importante processo coletivo, infelizmente, ainda existe
setores que pelos seus discursos, só reiteram os traços da mesquinhez política.
Setores que, na sua maioria, vêm neste último período construindo os seus
próprios “meios e fins” deslocados das necessidades mais objetivas do povo
brasileiro, como numa representação terapêutica de construção política. Alguns,
inclusive, foram vítimas e agora, como proclamadores da autodeterminação
política, julgam-se no direito de criminalizar uma tentativa que vem sendo
amadurecida por uma Rede ampla e progressista de setores sociais que pretendem
apresentar uma alternativa que dialogue com o a realidade social de maneira
popular e atual.
Para esses, fraternamente, peço, não sejam tão desonestos
intelectualmente. A Rede vem como uma necessidade de ressignificação da forma
de se fazer política, considerando elementos estruturais, avanços de todos os
campos, que sem criminalizar, busca configurar uma nova política, com respeito
à diferença, princípios de sustentabilidade, humanização das relações e solidez
na postura moral e ética na sua articulação política.
É tempo de compreendermos dialeticamente os processos que podem
contribuir positivamente para o avanço e transformação, e neste imenso oceano,
com espaço para todos, legitimamente, a rede foi lançada, e em tempo, ainda há
espaço para mãos limpas ajudarem no seu movimento de construção.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Um Olhar de Esperança
Segundo
o Fundo de População da ONU, a população do mundo alcançou 7 bilhões de
habitantes. Em cada canto novos paradigmas se erguem refletindo uma profunda
consciência dos povos, por outros modelos de democracia. O mundo assiste uma das
mais interessantes revoluções no momento em que o mundo passa por um processo
de avanços sociais, econômicos e políticos, o mundo árabe busca abandonar o
tradicionalismo das ditaduras, no campo político e religioso, buscando a
garantia dos direitos humanos.
A Primavera Árabe - manifestações realizadas
com objetivo de questionar os regimes autoritários e ditatoriais, ocorrem em
diversos países do Oriente Médio, Tunísia, Egito, Síria, Iêmen, Marrocos e
Argélia, intensificam a mobilização na luta por valores democráticos,
essenciais à dignidade humana, onde a população vem sofrendo desde muitas
décadas, violência, falta de liberdade eleitoral, sem direito a voto e direitos
essenciais. Vidas foram e são asfixiadas
e ceifadas pelas ditaduras que aprisionam, com forte repressão aos protestos, impondo
medidas de rigor à população, para reduzir o déficit público, em função da
crise financeira de dívidas superior à capacidade de pagamento em curto e médio
prazo, aumentando assim as restrições aos seus direitos fundamentais.
Vivemos no Brasil também momentos repressivos,
uma ditadura, chamada "era do
chumbo", supressão de direitos constitucionais, censura e repressão
política; pessoas foram presas, torturadas e mortas e em 1985, surge a
redemocratização, quando o regime militar é derrubado por grande mobilização do
povo.
No Brasil, o período democrático
recentemente completou 21 anos e cada vez mais avança o debate na promoção e
defesa dos Direitos Humanos. Mas ainda convivemos com situações vexatórias e perversas
de um sistema corrupto, que está imbricado nas veias do legislativo, executivo
e judiciário, trazendo um desgaste e retrocesso às políticas públicas de saúde,
educação, assistência social, cultura, ética, valores, comprometendo a
dignidade e moralidade dos princípios constitucionais, consequentemente,
violando direitos sociais de brasileiros e brasileiras.
Direitos sociais que foram esmagados pela
legitimização em torno da financeirização, numa lucrativa acumulação de
capital. Modelo que exigiu novas formas institucionais nas relações de produção
a partir de maior flexibilização do modo de acumulação capitalista, tudo em
nome do desenvolvimento e harmonia social. Em consequência nossa sociedade vem apresentando
altos contingentes de desemprego, subemprego, pobreza, miséria, violência, meio
ambiente degradado, pouco investimento em políticas públicas educacionais e
sociais, constatado por uma proteção social fragilizada.
Ainda
nesta sequência, sofremos a falta de compromisso no atendimento público, a
pouca flexibilização na relação de trabalho e o estímulo a privatização em
serviços necessários ao setor público.
Precisamos de um Estado forte, não
subordinado a uma matriz conservadora, patrimonialista, que emoldura uma
realidade imposta pelo neoliberalismo globalizante, mas que se paute numa
lógica humanista, responsável pelo desenvolvimento nacional com a garantia
efetiva dos cidadãos. Mas, mudanças já se apontam e queremos construir uma
sociedade livre, justa e solidária, numa perspectiva de garantir o
desenvolvimento nacional, erradicando a pobreza e a marginalização, reduzindo
as desigualdades sociais e regionais, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
E neste momento vivemos uma "revolução cognitiva",
um momento histórico na política
brasileira, a construção do Novo
Partido, que tem na pessoa da Marina Silva a maior liderança. A política
renasce a cada novo chamado, por novos
costumes políticos, por novos saberes, novos olhares, novos métodos, novos
espaços de debates e produções.
A
expectativa é grande para as pessoas que pensam e querem ser protagonistas
deste fabuloso momento. Mulheres, homens, Juventude, a Intelectualidade,
lideranças populares e grupos desacreditados com a velha forma de fazer
política.
Gosto muito quando Marina diz que somos uma
"Comunidade de Pensamento"; e somos, porque é chegado o momento da
sincronia de pensamentos se apresentar, através dos projetos identificatórios
com ideais mais coletivos, em detrimento aos pessoais e das relações sociais se
pautarem numa lógica de propósitos humanísticos.
Avante,
a política é construída pelos humanos....e não descuidemos dos valores
civilizatórios.
Assinar:
Postagens (Atom)