domingo, 23 de setembro de 2012

Avança Brasil!


   

        O governo Dilma avança há dois anos com muitas indefinições e ainda se esperneia diante dos resquícios perniciosos trazidos do governo Lula; tenta afastar àqueles que são questionados na sua integridade moral  e preocupa-se em atrair o capital privado para investir em aeroportos, portos, ferrovias, rodovias e energia; incentiva o crescimento econômico em detrimento ao endividamento pessoal da população, incorporando uma inclusão não pelo direito, mas pelo consumo.

        Muitos dos graves problemas no país permanecem sem solução como a falta de saneamento básico - construção de redes de esgoto, tudo tão precário, causando doenças e aumento da mortalidade infantil; a saúde pública continua ineficaz, com grandes filas, sem postos de saúde da família suficientes para atender as demandas cada vez maiores da população doente, violação de um direito integrado e integral.

        Falta na sua estrutura uma política de atenção à violação aos direitos da população infanto-juvenil e como consequência milhares de jovens são assassinados por violência; a destituição de direitos não prioriza a infância como relevância pública, a começar pela falta de creches.

        O princípio do dever geral induz responsabilidades dos governos, relações democráticas e igualitárias.

        Urge o momento de pensarmos e agirmos com toda a capacidade de reescrever o futuro, com democratização de princípios, e não se pode dispensar a efetividade das políticas baseadas nos paradigmas dos direitos humanos universais e interdependentes.

        Direito tem dimensões civis, econômicas, sociais e educacionais. A educação das crianças e jovens deste país deixa a desejar, numa incompletude magistral, gerando grande atraso social.

        O Brasil ainda não investe o recomendado do PIB (Produto Interno Bruto) em educação e está longe de aplicar o valor anual por aluno indicado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), com base na média dos países membros. 

        Dados são alarmantes e desafiadores. Segundo o Inep, na faixa etária de 15 a 17 anos,  o Brasil tem cerca de 10,5 milhões de jovens, dos quais apenas a metade está no ensino médio com a idade adequada, 978 mil não frequentam escola nenhuma e quase 167 mil são analfabetos. Segundo a Pnad 2008, 31,6% dos nordestinos são analfabetos funcionais. Ou seja, três em dez pessoas têm mais de 14 anos de idade e menos de quatro anos de estudo. O Nordeste ainda concentra mais da metade dos analfabetos do país.

        Outro dado preocupante foi encontrado entre as crianças de 10 a 14 anos. O índice de crianças e adolescentes que não sabem ler ou escrever, em idade de plena atividade escolar, chega a 5,3%, quase o dobro da média nacional de 2,8%.

        Com governos ineficazes, é importante a sociedade produzir uma agenda política e social mais relevante, com correta capacidade de intervenção. Rumo aos nossos direitos!


2 comentários:

  1. Rose, estamos doentes. O nome dessa doença é POLARIZAÇÃO. PT e PSDB deixaram de ser partidos e se tornaram polos de concentração política. Esqueceram-se do povo, do básico, e estão numa espiral polar de disputa, uma disputa polarizada, na qual o objetivo de um é simplesmente desmoralizar o outro. E, como em qualquer espiral, ou vórtice, eles não conseguem mais parar. Os sequazes do Arremedo de Sociólogo afrontam Lula, como no caso do Anão de Jardim que ameaçou até surra (digno de Zorra Total), e os sequazes de Lula afrontam o Arremedão, como no caso da bolinha de papel na testa do Serra.

    Cada projeto de um é apropriado na mídia pelo outro. Os dois "partidos" estão espiralando para a mútua aniquilação política. Ou do país, o que vier primeiro.

    A única coisa que a sociedade pode fazer para evitar ser aniquilada com eles e seus respectivos timecos, é entender com reflexão profunda o significado real da última frase do seu belo post e entender o quão importante essa proposta está se tornando a cada volta da espiral.

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  2. Amigo Wellington, excelente sua reflexão, por isso nossa República precisa urgente do surgimento de uma nova política, que tenha como objetivo a ética da integralidade pública. ab

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