sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Um Olhar de Esperança


     Segundo o Fundo de População da ONU, a população do mundo alcançou 7 bilhões de habitantes. Em cada canto novos paradigmas se erguem refletindo uma profunda consciência dos povos, por outros modelos de democracia. O mundo assiste uma das mais interessantes revoluções no momento em que o mundo passa por um processo de avanços sociais, econômicos e políticos, o mundo árabe busca abandonar o tradicionalismo das ditaduras, no campo político e religioso, buscando a garantia dos direitos humanos.
    A Primavera Árabe - manifestações realizadas com objetivo de questionar os regimes autoritários e ditatoriais, ocorrem em diversos países do Oriente Médio, Tunísia, Egito, Síria, Iêmen, Marrocos e Argélia, intensificam a mobilização na luta por valores democráticos, essenciais à dignidade humana, onde a população vem sofrendo desde muitas décadas, violência, falta de liberdade eleitoral, sem direito a voto e direitos essenciais. Vidas foram e  são asfixiadas e ceifadas pelas ditaduras que aprisionam, com forte repressão aos protestos, impondo medidas de rigor à população, para reduzir o déficit público, em função da crise financeira de dívidas superior à capacidade de pagamento em curto e médio prazo, aumentando assim as restrições aos seus direitos fundamentais.
    Vivemos no Brasil também momentos repressivos, uma ditadura, chamada  "era do chumbo", supressão de direitos constitucionais, censura e repressão política; pessoas foram presas, torturadas e mortas e em 1985, surge a redemocratização, quando o regime militar é derrubado por grande mobilização do povo.
    No Brasil, o período democrático recentemente completou 21 anos e cada vez mais avança o debate na promoção e defesa dos Direitos Humanos. Mas ainda convivemos com situações vexatórias e perversas de um sistema corrupto, que está imbricado nas veias do legislativo, executivo e judiciário, trazendo um desgaste e retrocesso às políticas públicas de saúde, educação, assistência social, cultura, ética, valores, comprometendo a dignidade e moralidade dos princípios constitucionais, consequentemente, violando direitos sociais de brasileiros e brasileiras.
    Direitos sociais que foram esmagados pela legitimização em torno da financeirização, numa lucrativa acumulação de capital. Modelo que exigiu novas formas institucionais nas relações de produção a partir de maior flexibilização do modo de acumulação capitalista, tudo em nome do desenvolvimento e harmonia social. Em consequência nossa sociedade vem apresentando altos contingentes de desemprego, subemprego, pobreza, miséria, violência, meio ambiente degradado, pouco investimento em políticas públicas educacionais e sociais, constatado por uma proteção social fragilizada.
     Ainda nesta sequência, sofremos a falta de compromisso no atendimento público, a pouca flexibilização na relação de trabalho e o estímulo a privatização em serviços necessários ao setor público.
    Precisamos de um Estado forte, não subordinado a uma matriz conservadora, patrimonialista, que emoldura uma realidade imposta pelo neoliberalismo globalizante, mas que se paute numa lógica humanista, responsável pelo desenvolvimento nacional com a garantia efetiva dos cidadãos. Mas, mudanças já se apontam e queremos construir uma sociedade livre, justa e solidária, numa perspectiva de garantir o desenvolvimento nacional, erradicando a pobreza e a marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e regionais, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
    E neste momento vivemos uma "revolução cognitiva", um momento histórico  na política brasileira,  a construção do Novo Partido, que tem na pessoa da Marina Silva a maior liderança. A política renasce a cada novo chamado,  por novos costumes políticos, por novos saberes, novos olhares, novos métodos, novos espaços de debates e produções.
     A expectativa é grande para as pessoas que pensam e querem ser protagonistas deste fabuloso momento. Mulheres, homens, Juventude, a Intelectualidade, lideranças populares e grupos desacreditados com a velha forma de fazer política.
    Gosto muito quando Marina diz que somos uma "Comunidade de Pensamento"; e somos, porque é chegado o momento da sincronia de pensamentos se apresentar, através dos projetos identificatórios com ideais mais coletivos, em detrimento aos pessoais e das relações sociais se pautarem numa lógica de propósitos humanísticos.
     Avante, a política é construída pelos humanos....e não descuidemos dos valores civilizatórios.

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