sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Faxina da Dilma dura pouco!

A presidente Dilma afirmou na quarta-feira (24/08), após cerimônia no Palácio do Planalto, que fazer “faxina” em ministérios envolvidos em denúncias de corrupção não é “meta” do atual governo.

Afirmou: “Acho que combate-se o malfeito. Não se faz disso meta de governo. Faxina no meu governo é faxina contra a pobreza. É isso que é a faxina. O resto são ossos do ofício da Presidência. Se houver algum malfeito, eu tomarei providências”.

Realmente não se tem como meta combater corrupção quando não há corrupção, mas nos últimos três meses, o governo Dilma registrou a queda de três ministros, Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) por corrupção.

Só o Ministério do Turismo gastou R$ 352 milhões em obras que não têm relação com o turismo, muitas delas em cidades onde essa atividade é inexistente. Segundo uma reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo, dos 841 municípios que receberam investimentos do ministério, apenas 105 foram considerados relevantes para o turismo. As obras realizadas incluem drenagem, esgotamento sanitário, praças e pontes.

Uma imoralidade, grandes fraudes  no sistema público e governos, se arrastando, escorregando numa lama fétida, em que empresas, parlamentares se utilizam do aparato público, desviam  verbas públicas, impossibilitando investimentos nas políticas públicas de saúde, educação, cultura, habitação e lazer, tudo tão precário em nosso país! 

O governo do PT e aliados dizerem que não existem metas de expurgação e enfrentamento à corrupção para um sistema extrema e comprovadamente corrompido? Talvez eles busquem esta lógica baseados em pesquisa em que os brasileiros colocam o combate à corrupção em quarto lugar em prioridade de intervenção governamental, ou seja, não lhes interessa brigar com aliados, pressionar  Congresso Nacional, se as massas não estão preocupadas com o assunto. 

Por que nosso povo não se manifesta e muda muitos parlamentares picaretas que se instalaram há anos nas benesses do Congresso e no executivo? Por que o prefeito de Salvador teve suas contas rejeitadas pela justiça e a Câmara Municipal não o cassou? Aqui na Bahia uns 30 prefeitos foram cassados pela justiça, embora muito mais que isso deveria e merecia estar fora dos espaços públicos, pois não têm competência e moralidade para estar à frente do serviço público.

O escritor João Ubaldo Ribeiro em entrevista à Revista Veja, em 18.05.05, disse:  “Somos um país corrupto. Nós vivemos num ambiente de lassitude moral que se estende a todas as camadas da sociedade. Esse negócio de dizer que as elites são corruptas, mas o povo é honesto é conversa fiada. Nós somos um povo de comportamento desonesto de maneira geral.”().

Será mesmo? Não sei, mas grande parte da sociedade ainda permanece leniente com a corrupção. Isso é verdade!

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