quarta-feira, 13 de abril de 2011

BRASIL, Educação como Prática da Liberdade!


Hoje é o dia do Hino Nacional Brasileiro, 13 de abril, que é belíssimo nas sua letra e na sua música:
“...Ó PÁTRIA AMADA, IDOLATRADA, SALVE! SALVE! ... BRASIL, UM SONHO INTENSO, UM RAIO VÍVIDO DE AMOR E DE ESPERANÇA À TERRA DESCE...PAZ NO FUTURO E GLÓRIA NO PASSADO. .. MAS, SE ERGUES DA JUSTIÇA A CLAVA FORTE, VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA, NEM TEME, QUEM TE ADORA, A PRÓPRIA MORTE”.

No dia 31 de março lembrei-me com mais detalhes do período da  Ditadura no Brasil, especialmente porque um tio querido lutou pelos direitos de liberdade e democracia, foi preso por muitos anos, torturado, e eu ainda criança quis visitá-lo, numa solitária, que abria uma pequeníssima janelinha, onde se via apenas parte do seu rosto. 

Brasileiras e brasileiros, cheios de esperança, morreram por um sonho de justiça, liberdade, direitos humanos e mudanças fundamentais no país. Muitas coisas aconteceram de lá prá cá, muitos avanços tecnológicos e grande desenvolvimento ecônomico, mas ainda privilegiando poucos, em detrimento da miséria de muitos.
O sonho do Brasil melhor, de muitos daqueles que lutaram para libertar nosso povo do julgo da opressão e da injustiça social  ainda continua sendo o sonho de milhões de brasileiros(as).
Muitos dos que lutaram por um Brasil cidadão estão hoje no Poder e poderiam transformar a realidade do nosso povo sofrido, trabalhador, pacífico, mas esqueceram e se perderam, encharcados na lama da corrupção do poder e desvios do dinheiro público, que não lhes pertence particularmente, mas a todo povo brasileiro e continuam dominando grande parte da população oprimida, sem expectativas, com salários baixos, educação pública sem qualidade, saúde péssima, sem bem-estar, segurança pública ineficaz, garantias que rezam à Constituição Brasileira.

Nosso Brasil precisa discutir melhor com a sociedade sobre promoção dos Direitos Humanos, o que significa, pois acredito que escandaliza e envergonha nossa sociedade, dados alarmantes da corrupção: no dia 30 de março, veio à tona, que a operação da PF (Polícia Federal) cumpriu 16 mandados de prisão em Alagoas contra membros de um suposto esquema criminoso que usava dinheiro de merenda escolar para comprar uísque, caixas de vinho e ração para cachorro.

A maior parte dos desvios, cerca de R$ 13 milhões do total, ocorreu nos recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Em um município de Pernambuco, por exemplo, houve o pagamento de salários a servidores que não exerciam o magistério e a compra de combustíveis, no posto do prefeito, com o dinheiro da educação. Segundo a CGU, o prejuízo foi de R$ 229,9 mil, identificando também problemas com o transporte escolar, de um ônibus que ele nem havia saído da sede da empresa onde foi comprado, entre outras coisas absurdas.

O que é pior, isso acontece em todo o país e sem punição! Pergunto: cadê o MEC e o TCU que não têm posturas mais incisivas na fiscalização do uso do dinheiro público? Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) o gestor da educação tem que ser o gestor do recurso, e isso não acontece.

Hoje o Brasil comemora o terceiro lugar no ranking da FIFA, mas nossa  EDUCAÇÃO está em 88º lugar, entre 127 países. 

Os Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que o Brasil tem o grande desafio de combater o chamado analfabetismo funcional, que atinge 25% da população com mais de 15 anos, entre outras agravantes, constitui um problema silencioso e perverso que afeta o dia a dia na vida das pessoas. E questiono: como esses jovens entrarão para o mercado de trabalho decente, se o Estado não lhes oferece cursos profissionalizantes?

Calcula-se que, no Brasil, os analfabetos funcionais somem 70% da população economicamente ativa. O resultado não é surpreendente, uma vez que apenas 20% da população brasileira possui escolaridade mínima obrigatória (ensino fundamental e ensino médio). Para 80% dos brasileiros, o ensino fundamental completo garante somente um nível básico de leitura e de escrita. Sem falar nos 10% da população brasileira, analfabeta. Triste realidade, que muda muito pouco a cada ano.

Termino esse texto lembrando o digno querido pedagogo Paulo Freire, que nos ensinou que “estar no mundo e com o mundo” é não somente aprender a ler a realidade, mas propor-se a modificá-la e não existe maior garantia do direito ao cidadão, do que dar-lhe a possibilidade de uma boa educação, para que possa escolher seus caminhos, com liberdade e consciência.

Mas, Viva o Brasil! Ainda tenho esperança.

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