segunda-feira, 28 de março de 2011

Compromisso com a Educação, Dever do Estado, Direito de Todos



A cada dez estudantes matriculados na rede de ensino de Salvador, pelo menos três estão distantes das séries em que deveriam estar em dois anos. O índice 33,3% de distorção entre idade e série revela uma realidade conhecida por educadores, mas ignorada por políticas públicas. É o que afirma a vice presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Alda Muniz Pepe. 

O percentual de alunos com dois anos ou mais além da idade ideal para a série frequentada no ensino fundamental refere-se a todas as redes de ensino: municipal, estadual, federal. 

Esse atraso acumulado no Ensino Fundamental tem reflexos negativos na etapa seguinte. O problema da baixa aprendizagem tem que ser combatido desde cedo, pois essa defasagem vai gerando outros problemas psicológicos, além da  baixa auto-estima.

A distorção de idade é provocada pelo acúmulo de repetências, abandono e, em menor medida, atraso do ingresso na escola e como conseqüência esses alunos acabam engrossando as estatísticas dos analfabetos funcionais, triste condição que faz parte da vida de 15% da população brasileira com idade entre 15 e 24 anos.

 Eles frequentam ou frequentaram a escola. Mesmo os que sabem ler e escrever têm dificuldade para compreender textos curtos e localizar informações, inclusive as que estão explícitas. Quanto à Matemática, lidam com os números que são familiares, como os de telefones e os preços, ou realizam cálculos simples. A compreensão do que observam ou produzem é limitada e emperra seu desenvolvimento pessoal e profissional.
 
Esse é um problema de eficiência interna do sistema, é preciso que se tenham políticas públicas, vontade política, compromisso com a educação para que os alunos aprendam na idade certa.

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