terça-feira, 22 de março de 2011

Educação: é difícil entender o que significa?

Tema recorrente em qualquer pleito político no mundo, não é diferente no Brasil, prioridade para todos, importante investir na melhoria da educação, a escola tem sua importância na perspectiva de incluir a parcela da sociedade, é importante reformular ensino para formarmos leitores, incentivar professor, reeducar o olhar, tudo isso e muito mais ouvimos como estratégia de desenvolvimento do nosso Brasil, dos Estados, das cidades.
Mais uma vez, em 2011, nossa Educação é contingenciada com um bilhão de reais. O MEC ainda não definiu quais dos seus programas perderão recursos, mas uma parte da conta ficará para as universidades federais. O contingenciamento do Orçamento da Educação no ano passado foi maior do que o anunciado agora (cerca de R$ 2 bilhões). Isso demonstra como a prática de cortes na área é comum, ao invés de aumentar o investimento.
Relatório da Unesco divulgado nesta terça-feira (1º), em Nova Iorque, apontou que 28 milhões de crianças em todo o mundo ficam sem estudar devido aos conflitos armados nos países pobres. Elas também são expostas ao risco de serem vítimas de violações e violência sexual, de ataques direcionados a escolas e outros atentados contra os direitos humanos.
Para o coordenador da Unesco, Paolo Fontani, também é necessário aumentar os valores destinados à educação para a reconstrução de países pós-conflitos, e as escolas têm de ser uma necessidade imediata. “A educação é fundamental para construção de valores de tolerância, convivência e sociedade de paz. Não é só desenvolvimento humano, mas é um processo fundamental para reparar grandes desgastes que uma guerra provoca no corpo e na alma das pessoas. A educação forma cidadãos.”
Isso não é novidade, qualquer gestor medíoce sabe disso, mas infelizmente ainda não tivemos um gestor inteiramente comprometido com as profundas mudanças no nosso país, que inevitavelmente virão, após investirmos na educação.
O relatório alerta que as falhas na educação alimentam os conflitos; com certeza aumentam e comprometem a permanência do povo na ignorância para não lutar pelos seus direitos, de forma digna, sem violência.
O estudo sobre os conflitos armados não inclui dados sobre o Brasil. Apesar de estar fora da rota das guerras, o Brasil apresenta números pouco positivos.
Em 2007, de acordo com a Unesco, 682 mil crianças, com idades entre 7 e 10 anos, estavam fora da escola no Brasil. Metade das crianças fora da escola em todo mundo se concentra em 15 países – o Brasil é um deles.
Em 2008, apenas 48% das crianças entre 4 e 6 anos que compreendem a educação infantil, estavam fora da escola.
A maioria dos adultos analfabetos se concentra em 10 países, entre os quais o Brasil, que apesar de ter reduzido em 2,8 milhões a população analfabeta entre 2000 e 2007, ainda tinha 14 milhões de analfabetos em 2007.
Queremos gestores responsáveis, que  invistam na educação, pelo menos o valor estabelecido na Lei, isso é direito do povo e dever dos governos.

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