quarta-feira, 23 de março de 2011

Moramos num Planeta, que é Água, não, que é Terra!


Muitos dizem que a água é um recurso inesgotável, enquanto outros reagem.  Mas, estudos sobre o sistema hídrico mundial são unânimes em dizer que se a média do consumo global não diminuir, no curto prazo, teremos problemas de escassez. A saída seria diminuir o consumo? 

Imagine quantas nascentes estão morrendo por causa do desmatamento, quantos rios estão contaminados por falta de saneamento básico e pelos lixos, que vão parar dentro deles, recebendo até mesmo animais mortos. Qualquer pessoa sabe que não poluir os rios é mais inteligente e viável economicamente  do que limpar suas águas. 

Segundo o Atlas da Água, a Terra dispõe de aproximadamente 1,39 bilhão de quilômetros cúbicos de água, e essa quantidade não vai mudar. Desse total  97,2%  está nos mares. Restam 2,8% de água doce, dos quais mais de 2/3 ficam em geleiras. No fim das contas, menos de 0,4% da água existente na Terra está disponível para atender nossas necessidades e a demanda é crescente.

Robin Clarke e Jannet  King, do Atlas da água, estudiosos, fazem uma alerta: “o abastecimento de água no mundo está em crise e as coisas vêm piorando ”. O relatório trienal de 2009, divulgado pelo UNESCO, diz que 2025, cerca de 3 bilhões de pessoas – mais da metade da população mundial- sofrerão com a escassez de água. 

Nosso Brasil tem um volume de água muito bom, entre 12 a 16% da água doce da superfície terrestre. Temos bons índices de chuvas, o rio Amazonas é o rio de maior volume e nosso território abriga o maior aqüífero do mundo, o guarani. Essa água pode ser aproveitada na construção de poços artesianos.

Fica a pergunta: por que os governos não investem corretamente em saneamento básico? Esta deficiência faz com que mais de 20% dos lares brasileiros lancem seu esgoto em córregos, represas e rios. Esse é um questionamento que todas as pessoas gostariam de respostas lógicas. Alem do que a poluição afeta a biodiversidade e compromete uma série de serviços ambientais prestados pelos ecossistemas.

Com foco nessa questão a ONU lançou  a década da água (2005 a 2015), para neste período concentrar esforços em reverter o quadro de deterioração do recurso do planeta; haja esforços, é mais uma questão de gestão pública e seriedade para implementar as ações. 

Muitos dos rios no mundo dificilmente serão despoluídos, pela questão do alto custo, causando um desequilíbrio enorme na vida das pessoas, mas são as mesmas pessoas que contribuíram e contribuem para esse caos; isso é uma incongruência, um paradoxo, mas é real.

Muitos são os caminhos e desafios a serem percorridos, possíveis, viáveis, como reaproveitamento da água, construções sustentáveis e uma política educativa, investindo em publicidade e educação ambiental, desde a educação infantil, para que crianças, jovens e adultos tomem consciência que nós somos os maiores predadores de nossa própria casa, de nosso habitat, a Terra. Devemos aprender a aprender a respeitar os recursos naturais que nos foram disponibilizados pelo Criador e não por nós, que estamos vergonhosamente destruindo.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário